10 NOV 2017


Makely Ka estará apresentando em Natal no próximo 10 de novembro, sexta, às 20h, sua versão acústica para o show Triste Entrópico. Sua passagem pela cidade seráambientada no espaço intimista do Itajubá - Memorial e Espaço Cultural, na Ribeira (Rua Chile, 63).
Triste Entrópico é o novo trabalho solo de Makely Ka. 
Resultado de suas viagens e experiências nos últimos anos, incluindo convívio com indígenas, quilombolas e ribeirinhos em longas expedições pelo interior do Brasil, geralmente de bicicleta. Esse trabalho é resultado também de suas frequentes excursões por Portugal e Galícia, região ao norte da Espanha, onde reencontrou traços originários da cultura ibérica que absorvemos no Brasil no decorrer de quatro séculos. Triste Entrópico é portanto um trabalho que estabelece um diálogo profícuo com a alteridade, lançando mão e propondo simultaneamente uma visão antropológica do mundo. A proposta é uma imersão no pensamento selvagem que aqui se confrontou com a razão iluminista do europeu e com o código tribal africano.
Makely Ka é hoje um dos mais requisitados compositores de sua geração e pode ser ouvido em dezenas de discos gravados por diversos intérpretes no Brasil e no exterior. Suas composições se destacam sempre por uma verve crítica e ousada. Lançou os discos “A Outra Cidade” em 2003, ao lado dos parceiros Kristoff Silva e Pablo Castro e “Danaide” em 2006 com a cantora Maísa Moura. O primeiro trabalho solo veio em 2008 com “Autófago”. Em 2014, lançou o álbum “Cavalo Motor”. Letrista inspirado e versátil, acumula parcerias com diversos compositores em todo o país. Como intérprete de suas próprias canções destaca-se pela sua voz grave e um pegada peculiar no violão, além da auto-ironia e sarcasmo sempre presentes nas apresentações ao vivo. Já tocou nos principais palcos do Brasil e excursionou por Portugal, Espanha, Dinamarca, Lituânia, Grécia, Turquia e México. Um dos principais interlocutores da cena musical em Minas, organizou mostras e festivais, participou de curadorias, produziu discos de outros artistas, fez direção artística de shows, criou trilhas para cinema, dança e teatro, realizou documentários, compôs textos para peças sinfônicas e camerísticas, participou de conselhos estaduais e federais de cultura, fundou cooperativas e fóruns de música, realizou palestras e oficinas e publicou diversos textos sobre política cultural, música, literatura e cinema.