MAIO MAIOR 2018


Através desse mês Maio Maior lanço o Várzea daCaatinga, meu 3º CD.

Não sei como foi para cada quem, mas ultrapassar essa barreira dos 2 discos se encheu de um significado simbólico forte, no meu caso. Trata-se de um retorno ao estúdio após o disco anterior, 8 anos atrás. Só isso já se converte num dado que faz a minha volta às gravações nesse formato um fato. Mas o mais importante é o que liga minha música diretamente à (música) do meu pai, Zé de Cezário, a quem dediquei o meu trabalho novo. Ele me conta que tocou ieieiê nos forrós do sertão, quando a jovem guarda emulou o rock, e que os homens dançavam soltos no salão. Nesses xotes, toadas e baiões que compõem os ‘forrós magnéticos’ desse disco é a ele que rendo a graça de tê-lo como um mestre musical.

Tem ainda o fato de que Várzea da Caatinga é o nome de origem de uma cidadezinha do oeste potiguar que teve o topônimo alterado para Rafael Godeiro, o que me causou a motivação para intitular o disco e assim procurar abrir uma discussão acerca dessas mudanças tão comuns nos municípios, normalmente adotando outra denominação a partir de manobras politiqueiras e não pela vontade de seus habitantes. Para esse fim estou publicando também o ManifestoLOCAU!.

Estou, por fim, ao adotar esse roteiro para as primeiras ações locais de lançamento, aproveitando a oportunidade para promover o CD, propondo concretamente uma maior interatividade com o público de Natal, a imprensa, os produtores culturais, as rádios, blogs, críticos e demais, no sentido de contribuir com o crescimento da nossa riqueza musical.